O picadeiro está montado. A jabulani parou de rolar e todos estão de volta as suas vidinhas medíocres que, por mais incrível que pareça, é quase a mesma coisa de antes. Os palhaços, com suas bandeiras coloridas e com símbolos de marketing, dão os últimos toques na maquiagem que cobrirá o pinho. Muitos estão ansiosos, mas eles sabem que só dois têm chance. Sabem que muitos irão só fazer número nesse espetáculo com ar de gincana colegial no qual ganha quem conseguir mais botões apertados naquelas caixinhas brancas que apitam. Eles tecem o paraíso à cores e definições em HD quando, se passarem pelas provações de debates de televisão e o escambal, estão entrando, na verdade, no inferno em Terra firme onde, o que pretendiam, fica na intenção, se não era realmente uma lorota. Lá dentro, propostas são expostas como carneiros assando em fogo brando, esperando a disputa no par ou ímpar para ver quem abocannha o melhor filé. Grupinhos de bulling emergem de todos os lados e começa um grande banquete de pizzas de mais variados sabores, desde mico leão dourado do amazonas, à baleias do mar do Japão.
Não adianta quebrar as janelas para tentar entrar lá, temos é que chutar os pilares, de uma vez por todas.