Primeiramente, gostaria de logo na primeira linha esclarecer que escrevo esse post diretamente de onde eu trabalho. Trabalho? Bom, na maior parte do tempo, não. Mas, mesmo assim, é desse escritório clean que estou digitando. E a razão para esclarecer isso é a de avisá-los de que não esperem nada demais desse post, a não ser algumas palavras ao vento. Pois é do extremo ócio que mando esse post e ele provavelmente não terá nada de criativo, ou uma sacada genial, nenhum videozinho engraçado, muito menos fofinho, como os inúmeros vídeos de gatinhos fofinhos que tem no Youtube. Tem tantos vídeos fofinhos que chega a dar raiva. Conseguiram fazer coisas piores que aquelas mensagens irritantes feitas no power point, do tipo "carpe diem". Como eu odeio aquelas coisas. Ainda mais quando são religiosas e a última e derradeira frase que aparece depois de toda a lenga a lenga é "passe essa mensagem para as pessoas que você ama" e blá blá blá blá, blehhh. Eu vou é proteger qualquer pessoa dessas mensagens, mesmo aquelas que eu não gosto.
Mas tem algumas bobagens interessantes no Youtube, principalmente depois que você descobre
que praticamente tudo que um dia foi televesionado estará lá, no máximo, no dia seguinte. É impressionante, mas sempre tem alguém disposto a gravar as coisas e colocar lá, o mais rápido possível. Me parece uma competição. A primeira coisa que viciei foram as aventuras fantásticas, trágicas e sanguinolentas dos Happy Tree Friends. Litros e litros de sangue em desenho animado pode não ser lá muito educativo, mas dou minhas risadas. É uma coisa patética de simples. Humor macabro, mas ainda assim, é humor. Melhor que essas mensagens desgraçadas de auto ajuda que vêm pelo correio eletrônico.
Ando mais navegando entre pedaços de shows, daqueles dvds que você acha na loja, mas são muito caros. Aliás, os caras estão putos com a disseminação desse material. Estão caçando muitos vídeos. Uma hora você vê um bom show ou uma raridade de imagem, e no outro dia, já foi tirado do ar por direitos autorais. Ultimamente tenho assistido aos shows de rock , (quase nada de coisas novas, a música de hoje tá uma merda, alguns amigos têm me apresentado coisas boas até, mas nada como som velho) e de futebol. De repente todos os gols do mundo estão lá, de todos os jogos que a tv se interessou em passar, e até mesmo as peladas do final de semana, todos eles estão lá. Então com alguns cliques você consegue ver o mesmo jogo, por cinco emissoras diferentes, e analisar os comentários de todos os cantos no mundo. Tenho gasto muito tempo como espectador de futebol - sim, porque jogar que é bom, nada - e isso me irrita. Eu simplesmente me pego vendo todos os vídeos que encontro pela frente sobre meu time do coração, e sobre os próximos adversários dele, e como foram as campanhas dos campeonatos passados, e entrevistas, e comentários e tudo mais que estiver nos vídeos relacionados. E a coisa ficou pior: me flagrei esses dias discutindo e tentando passar uma mensagem de menos ódio aos caras que comentam logo abaixo dos vídeos. Se continuar assim, meu futuro nem o demônio sabe.
Escrevendo esse monte de besteira percebi que posso falar agora sobre uma coisa mais interessante. Eu confesso que levava mais boa fé na internet. Pensava que as pessoas finalmente teriam acesso a cultura e informação independente. Me alegrava ao saber que a gurizada de hoje poderia conhecer todo o rock dos anos sessenta, e tudo o que mudou depois disso, na música e no mundo inteiro. Que conseguissem ler os clássicos e virar as páginas com o toque de um botão. (Embora eu não tenha me habituado muito a ler as coisas na tela, acho um saco e meus olhos ardem muito). E que os filmes imperdíveis não se teria mais como perder, era só escolher e ver.
Doce iliusão otimista. Cadê as bandas com garotos influenciados por toda a música boa que se pode baixar? O que eu tenho visto é que as rádios se especializam cada vez mais em revelar merda. O que dizer dessas bandinhas emocore que tem por ae? É, realmente é de cortar os pulsos, mas não pela música ruim que fazem, o que, sinceramente, já bastaria, só de ouvir os primeiros acordes, mas por ver que o pessoal mais novo tá ouvindo isso antes de sequer ouvir qualquer banda britânica.
Cadê o novo escritor brilhante que engoliu todos os clássicos e os não clássicos em pdf e, quando vomitou, saiu o novo Camus, ou um Dante pós moderno, nem que seja pra inserir o internetêz na literatura atual ( me perdoem por isso).
Cadê o novo? Cadê o inovador? O diferente? O surpreendente? Será que vai ser como sempre e só vamos perceber o que realmente mudou, quando os historiadores estiverem registrando a história que se passa hoje daqui um século?
O pior de tudo é que essas coisas novas existem, e que não aparecem como deveriam. Não estão na tv aberta, aos domingos, nem nos sites de maior acesso. Tem que garimpar. Mas a merda é que se tem uma cultura em que impera uma lei. É a lei do menor esforço.
Simplesmente não há interesse. Continuam vendo novela, filmes ruins, programas de fofoca, e qualquer outra coisa que se passa nessa caixa emburrecedora de pessoas. Gente pequena e de pensamento menor ainda conseguem agora se encontrar e proliferar sua ignorância nessa rede confusa. E enfim, a coisa não tá acontecendo conforme o sonho bom que tive, de que o negócio ia melhorar. Parece que tá ficando pior.
Desculpa por todo esse besteirol, misturado com desabafo. Mas, como eu disse, só palavras ao vento.
Mas tem algumas bobagens interessantes no Youtube, principalmente depois que você descobre
que praticamente tudo que um dia foi televesionado estará lá, no máximo, no dia seguinte. É impressionante, mas sempre tem alguém disposto a gravar as coisas e colocar lá, o mais rápido possível. Me parece uma competição. A primeira coisa que viciei foram as aventuras fantásticas, trágicas e sanguinolentas dos Happy Tree Friends. Litros e litros de sangue em desenho animado pode não ser lá muito educativo, mas dou minhas risadas. É uma coisa patética de simples. Humor macabro, mas ainda assim, é humor. Melhor que essas mensagens desgraçadas de auto ajuda que vêm pelo correio eletrônico.
Ando mais navegando entre pedaços de shows, daqueles dvds que você acha na loja, mas são muito caros. Aliás, os caras estão putos com a disseminação desse material. Estão caçando muitos vídeos. Uma hora você vê um bom show ou uma raridade de imagem, e no outro dia, já foi tirado do ar por direitos autorais. Ultimamente tenho assistido aos shows de rock , (quase nada de coisas novas, a música de hoje tá uma merda, alguns amigos têm me apresentado coisas boas até, mas nada como som velho) e de futebol. De repente todos os gols do mundo estão lá, de todos os jogos que a tv se interessou em passar, e até mesmo as peladas do final de semana, todos eles estão lá. Então com alguns cliques você consegue ver o mesmo jogo, por cinco emissoras diferentes, e analisar os comentários de todos os cantos no mundo. Tenho gasto muito tempo como espectador de futebol - sim, porque jogar que é bom, nada - e isso me irrita. Eu simplesmente me pego vendo todos os vídeos que encontro pela frente sobre meu time do coração, e sobre os próximos adversários dele, e como foram as campanhas dos campeonatos passados, e entrevistas, e comentários e tudo mais que estiver nos vídeos relacionados. E a coisa ficou pior: me flagrei esses dias discutindo e tentando passar uma mensagem de menos ódio aos caras que comentam logo abaixo dos vídeos. Se continuar assim, meu futuro nem o demônio sabe.
Escrevendo esse monte de besteira percebi que posso falar agora sobre uma coisa mais interessante. Eu confesso que levava mais boa fé na internet. Pensava que as pessoas finalmente teriam acesso a cultura e informação independente. Me alegrava ao saber que a gurizada de hoje poderia conhecer todo o rock dos anos sessenta, e tudo o que mudou depois disso, na música e no mundo inteiro. Que conseguissem ler os clássicos e virar as páginas com o toque de um botão. (Embora eu não tenha me habituado muito a ler as coisas na tela, acho um saco e meus olhos ardem muito). E que os filmes imperdíveis não se teria mais como perder, era só escolher e ver.
Doce iliusão otimista. Cadê as bandas com garotos influenciados por toda a música boa que se pode baixar? O que eu tenho visto é que as rádios se especializam cada vez mais em revelar merda. O que dizer dessas bandinhas emocore que tem por ae? É, realmente é de cortar os pulsos, mas não pela música ruim que fazem, o que, sinceramente, já bastaria, só de ouvir os primeiros acordes, mas por ver que o pessoal mais novo tá ouvindo isso antes de sequer ouvir qualquer banda britânica.
Cadê o novo escritor brilhante que engoliu todos os clássicos e os não clássicos em pdf e, quando vomitou, saiu o novo Camus, ou um Dante pós moderno, nem que seja pra inserir o internetêz na literatura atual ( me perdoem por isso).
Cadê o novo? Cadê o inovador? O diferente? O surpreendente? Será que vai ser como sempre e só vamos perceber o que realmente mudou, quando os historiadores estiverem registrando a história que se passa hoje daqui um século?
O pior de tudo é que essas coisas novas existem, e que não aparecem como deveriam. Não estão na tv aberta, aos domingos, nem nos sites de maior acesso. Tem que garimpar. Mas a merda é que se tem uma cultura em que impera uma lei. É a lei do menor esforço.
Simplesmente não há interesse. Continuam vendo novela, filmes ruins, programas de fofoca, e qualquer outra coisa que se passa nessa caixa emburrecedora de pessoas. Gente pequena e de pensamento menor ainda conseguem agora se encontrar e proliferar sua ignorância nessa rede confusa. E enfim, a coisa não tá acontecendo conforme o sonho bom que tive, de que o negócio ia melhorar. Parece que tá ficando pior.
Desculpa por todo esse besteirol, misturado com desabafo. Mas, como eu disse, só palavras ao vento.
4 comentários:
Primeiro lugar,nao acho palavras ao vento. Seu desabafo é o que revolta muita gente que NÃO É influenciada pela midia. acho que cada um tem o direito de seguir o que quer,porem tudo tem que ter um limite. E continuam enfiando Cine,Restart, crianças de 13 anos metidas a rapper, putas gostosas que nao sabem cantar, e por aí vai, em nossas gargantas.
O que consola é podermos ter acesso a um real conteudo de entretenimento. Mas como voce disse,tem que garimpar. Aiai... é o fim =/
no mínimo um desabafo, um vômito de palavras muito bem articulado, concordando com o comwentário acima.
PS: procura o conceito de história do tempo presente. isso que tu estás fazendo já é um registro.
Meus olhos também ardem com leitura na tela. x(
Que sonho bom. Mas o problema está na raiz, e a raiz não é a facilidade ou dificuldade de acesso. É a falta de interesse em descobrir.
Sabe, a velha histórias, todos acomodados, abobados, babões, gostam de coisas fáceis de assimilar ( créu, créu,créu) porque é doloroso demais forçar e tentar abrir a mente.
Sério, nunca boto fé em nada tecnológico. Tudo que vem dar mais facilidade e praticidade, nessa sociedade, acaba virando vício e doença, porque essa é a sociedade 'adoramos ficar sentados'.
Por mim voltariamos e plantar e caçar, e inventar nossas próprias músicas. hehe
Tudo é ao vento :/
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