quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Resta o resto;
Um barco de papel
pétalas na bancada do escritório
Rosa morta e o barco seco
Resta tudo;
tudo que passou, tudo que viria
o sonhado e o vivido
Resta o gosto;
amargo de não amar o suficiente
o amor derretido que me resta
não ficará em boca alguma
Resta o vazio:
das palavras não ditas, das mal ditas, e as esquecidas
E a sensação
que talvez fosse melhor ser marinheiro
em que a despedida é certa e a volta é desejo

6 comentários:

mim disse...

"En cada puerto una mujer espera:
los marineros besan y se van.
...
Amo el amor que se reparte
en besos, lecho y pan."
;)

Pobre esponja disse...

Muito bom.
Terminou com chave de ouro, parabéns.

abç
Pobre Esponja

Tati disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tati disse...

Versos livres e perfeitamente harmônicos!
Clap, clap, clap!

Xiclique disse...

Que bonito, parece que você é um poeteiro de mão cheia kkkk

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http://xiclique.blogspot.com

Daya disse...

Que lindo.